5 de setembro de 2009



Através da pupila de teu olhar
entreguei-me aos olhos do mundo,
e declarando-te meu amor confesso
tornei-me refém de teu olhar,
e desenhando-te em minha lembrança
com o luzir de cada estrela candente,
transformei-te em meu universo particular,
onde com tua resplandecência envolveu-me
num torpor místico e sobrenatural, dando-me a certeza
de sermos matérias constituídas de amor,
e alegrei-me por encontrar-te nesta vida atual,
desejosa de tua presença, reconstruo-te em meu leito vazio,
onde recordo-me de nosso encontro orquestral,
o que elevou-nos o amor até os confins celestiais,
onde deixei-te tocar-me a veste da alma com tua destra atrevida,
então, senti-me esmorecer em teu esplendor,
e uma explosão de contentamentos acercou-me a seiva ofegante
e calorosa que explodiu violenta e sedutora, seduzindo-me com
intenso delírio a alma já tremula de amor, tal qual fogos de artifício,
e num artifício magistral, aconcheguei-te para dentro de mim,
e sucumbindo-te o amor imune as doenças da alma,
evidenciei a força de teu Amor.
LúKhayyám

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