31 de julho de 2011

Don't worry, be happy !


Temos desprezado sonhos, o diálogo conosco, com a única pessoa presente a todas as cenas do nosso drama. Vivemos uma cultura que enfatiza o "Reality Show", (construímos uma vida que delegamos, vivemos uma vida artificial, com valores de outra pessoa). Renunciamos à esperança por profundidade, conexão, significado. O que não nos falta é distrações e seduções oferecidas pela mídia popular que oferece mais fantasia, mais autoilusão.

Como  afirma M.A.Spinelli: "só nos níveis mais profundos do inconsciente que se vai buscar a origem dos sintomas"... enquanto isso, vivemos os sintomas das patologias modernas: da dependência, desejo, narcisismo, hedonismo, materialismo. É preciso uma disposição titânida pra se viver num mar inconsciente de altas doses de ansiedade que a cultura nos oferece; "Sensações", anestésicos de todo tipo... e tudo isso, pela razão de que ignoramos nossa história e as inúmeras pistas que ela nos oferece uma oportunidade de renascer e tomar consciência.

Deixo Bhagavad-Gita como estimulante para a diminuir o anestesiamento :)

"É melhor executar a própria tarefa
não tão bem do que fazer perfeitamente
a do outro: você está a salvo de prejuízo
quando faz o que deve fazer."

Namastê !
LúKhayyám

30 de julho de 2011

Amigo !


Amigo
não te entristeças!
Nada mais inútil,
nada mais vão
do que viver triste.

Na correnteza da vida,
que às vezes se encachoeira,
onde é rainha a injustiça,
e a hipocrisia faz lei,
segue ereto e sobranceiro,
sem que te culpem de nada.

E que não te impressione
o termo desta viagem.

Faze como se não existisses,
abstrai-te do mundo
e, sem temores e sem crenças,
vive livre,
vive feliz!

O RUBÁIYÁT - Omar Khayyám

A Tarefa

" É melhor executar a própria tarefa
não tão bem do que fazer perfeitamente
a do outro: você está a salvo de prejuízo
quando faz o que deve fazer."
Bhagavad-Gita, III

Escolhas

"Escolhi o que me foi dito para escolher:
Disseram-me gentilmente quem eu era...
Esperei, e imaginei o que aprender...
Oh, Aqui, duas vezes cega ao nascer."
(David Wagoner, "The Hero with One Face)

Coração




"Ah! meu Coração... não posso desfazer-me de você... 
nem por pouco, nem por muito... Na Natureza, nada é meu...
Mas, é meu o direito de contemplá-la...
preservando o meu Coração e sabendo que um dia passarei e
nada levarei, a não ser ter usufruído apreciá-la... e Amá-la... 
pois, os meus sentimentos permanecerão nas Flores, 
Montanhas e Matas que vi e que Amei... nelas ficarão o meu Amor..."
(Melody)

11 de julho de 2011

Caráter Humano como Mentira Vital !



Examine as pessoas a sua volta e irá...ouví-las falar em termos precisos sobre elas mesmas e seu meio, o que parecerá indicar que elas tem idéias sobre o assunto. Mas comece a analisar essas idéias e irá descobrir que praticamente não refletem, de forma alguma, a realidade a que parecem se referir, e se voce aprofundar mais a sua análise, irá descobrir que não há nem mesmo uma tentativa de ajustar as idéias a essa realidade. Muito pleo contrário: através dessas teorias, o indivíduo está tentando qualquer visão pessoal da realidade, de sua própria vida. Porque a vida é, no princípio, um caos no qual a pessoa se acha perdida. O indivíduo suspeita que seja assim, mas tem medo de ver face a face com essa terrível realidade, e tenta cobrí-la com uma cortina de fantasia, onde tudo está claro. Não o preocupa o fato de suas "idéias" não serem verdadeiras; ele as usa como trincheiras para a defesa de sua existência, como espantalhos para espantar a realidade.
- José Ortega Y Gasset.

3 de julho de 2011

Que eu seja ...


Que eu seja como algo que tece o pano na floresta, profundamente escondida.
Que eu possa fazer o meu trabalho sem interrupção.
Que eu seja uma exilada, se é este o sacrifício.
Que eu conheça a procissão sazonada do meu espírito e do meu corpo, e possa celebrar os quartos em cruz, solstícios e equinócios.
Que cada Lua Cheia me encontre a olhar para cima, nas árvores desenhadas no céu luminoso.
Que eu possa acariciar flores selvagens, cobri-las com as mãos.
Que eu possa libertá-las, sem apanhar nenhuma, para viver em abundância.
Que meus amigos sejam da espécie que ama o silêncio.
Que sejamos inocentes e despretensiosos.
Que eu seja capaz de gratidão.
Que eu saiba ter recebido a alegria, como o leite materno.
Que eu saiba isso como o meu cão, nos ossos e no sangue.
Que eu fale a verdade sobre a alegria e a dor, em canções que soem como aroma do alecrim, como todo dia e na antiguidade, erva forte de cozinha.
Que eu não me incline à auto-integridade e à autopiedade.
Que eu possa me aproximar dos altos trabalhos da terra e dos círculos de pedra, como raposa ou mariposa, e não perturbar o lugar mais que isso.
Que meu olhar seja direto e minha mão firme.
Que minha porta se abra àqueles que habitam fora da riqueza, da fama e do privilégio.
Que os que jamais andaram descalços não encontrem o caminho que chega à minha porta.
Que se percam na jornada labiríntica.
Que eles voltem.
Que eu me sente ao lado do fogo no inverno e veja as achas brilhando para o que vier, e nunca tenha necessidade de advertir ou aconselhar, sem que me peçam.
Que eu possa ter um simples banco de madeira, com verdadeiro regozijo.
Que o lugar onde habito seja como uma floresta.
Que haja caminhos e veredas para as cavernas e poços e árvores e flores, animais e pássaros, todos conhecidos e por mim reverenciados com amor.
Que minha existência mude o mundo não mais nem menos do que o soprar do vento, ou o orgulhoso crescer das árvores. Por isso, eu jogo fora minha roupa.
Que eu possa conservar a fé, sempre.
Que jamais encontre desculpas para o oportunismo.
Que eu saiba que não tenho opção, e assim mesmo escolha como a cantiga é feita, em alegria e com amor.
Que eu faça a mesma escolha todos os dias, e de novo.
Quando falhar, que eu me conceda o perdão.
Que eu dance nua, sem medo de enfrentar meu próprio reflexo.



1 de julho de 2011

Vivendo no Caos Criativo






Aprenda a viver com a confusão.

Não tenha pressa para concluir.



A confusão não é necessariamente algo errado.
Não a rotule como sendo confusão.
Rotular é errado.

Algumas vezes um rótulo errado pode criar muitos problemas.

Isso não é realmente confusão: é um estado de transição, de mudança. Você se desenraizou do velho solo e está procurando pelo novo, e entre os dois, isso acontece. Isso não é confusão, isso é apenas um hesitante estado de crescimento.

Isso é crescimento e sempre que existe crescimento costuma-se rotular como confusão. Mas ao rotular como confusão, você está interpretando errado e começará a tentar resolver de algum jeito.

Se você chamar isso de crescimento, então não haverá pressa em resolver. Na verdade, você terá que dar suporte a isso, pois é crescimento. Se chamar de confusão, você estará condenando e terá que encontrar uma maneira de sair disso.

Não há necessidade de sair disso; aprenda a viver com isso.
Aprenda a viver com todos os tipos de estados que estarão surgindo.
E se algumas vezes for confusão, o que há de errado na confusão?

Nos ensinaram erradamente que devemos ser absolutamente claros.
Somente os tolos conseguem ser absolutamente claros, somente os tolos estão certos.

A confusão é natural: ela é o caos criativo dentro de você.
É somente a partir desse caos que a criatividade começa.

Chame isso de caos criativo, não chame de confusão.

OSHO