6 de agosto de 2011

Amor



Amor é a pira funerária
Onde eu larguei o meu corpo.
Todas as falsas noções de mim próprio
Que outrora me trouxeram medo, dor,
Transformaram-se em cinzas
Assim que me aproximei de Deus.

O que se ergueu da emaranhada teia
De pensamentos e esforços,
Agora brilha com júbilo
Através dos olhos dos anjos,
E grita das entranhas
Da própria existência.

Amor é a pira funerária
Onde o coração deve largar o seu corpo.
Hafiz

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