Ah, é tudo um tabuleiro de noites e dias.
Os homens são peças e o fado temerário.
Com elas joga e move e toma e dá o mate.
E uma a uma as recolhe, e vai guardar no armário.
No céu, a mão esquerda da alvorada.
Eu sonho. Na taverna uma voz escuto na algazarra:
Despertai meus pequenos, e enchei bem o copo antes que seque
o vinho da vida em sua jarra.'
Façamos o que é mais do que há por fazer antes também que nós
ao pó vamos enfim.
Sem fim.
É tudo um tabuleiro de noites e dias.
Os homens são peças e o fado temerário.
Com elas joga e move e toma e dá o mate.
E uma a uma as recolhe, e vai guardar no armário.
Façamos o que é mais do que há por fazer antes também que
nós ao pó vamos enfim
Pó vai para o pó, sobre o pó vai jazer, sem vinho, sem canções e sem cantor.
Sem fim.
Omar Khayyám
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