1 de abril de 2014
Encontro com a Solidão
"A imensidão vazia o havia encontrado precocemente e imposto uma terrível vingança... havia lhe sussurrando coisas sobre si mesmo as quais não tinha conhecimento, coisas das quais ele não tinha conceito até que se aconselhou com a grande solidão... Ela ecoou ruidosamente dentro de si, pois se encontrava oco em seu centro."
Joseph Conrad - Coração das trevas
"Os Homens Ocos"
Nós somos os homens ocos
Os homens empalhados
Uns nos outros amparados
O elmo cheio de nada. Ai de nós!
Nossas vozes dessecadas,
Quando juntos sussurramos,
São quietas e inexpressas
Como o vento na relva seca
Ou pés de ratos sobre cacos
Os homens empalhados
Uns nos outros amparados
O elmo cheio de nada. Ai de nós!
Nossas vozes dessecadas,
Quando juntos sussurramos,
São quietas e inexpressas
Como o vento na relva seca
Ou pés de ratos sobre cacos
Em nossa adega evaporada
Fôrma sem forma, sombra sem cor
Força paralisada, gesto sem vigor;
Aqueles que atravessaram
De olhos retos, para o outro reino da morte
Nos recordam - se o fazem - não como violentas
Almas danadas, mas apenas
Como os homens ocos
Os homens empalhados.
T. J Elliot - in Poesia
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